Esse é um tema que tenho refletido bastante nos últimos meses e encontrei opiniões tanto a favor quanto contra a utilização do CEO em entrevistas em vídeos para gerar conexão com o público, awareness e finalmente conversões.
Existem duas grandes correntes: alguns especialistas afirmam que isso é uma armadilha criativa, enquanto outros defendem que é uma mina de ouro para a construção de marca. Então, afinal, qual é a verdade?
A resposta mais honesta é: depende de como você faz.
Se você simplesmente colocar seu CEO em frente a uma câmera, sem planejamento, sem objetivo e sem estratégia narrativa, seu vídeo será apenas mais um no meio da multidão. Seu público externo não conhece seu CEO e, francamente, muitas vezes não se importa. O que eles querem saber é: o que sua marca pode fazer por eles? Por que deveriam confiar em vocês? Que histórias vocês têm para contar?
Por outro lado, se você estruturar bem a participação do CEO, é possível criar conteúdos poderosíssimos. Uma boa entrevista pode ser dividida em dezenas de pequenos vídeos: falando sobre cultura organizacional, liderança de pensamento, tendências de mercado, lançamento de produtos e mais. Este foi, inclusive, meu motivador para começar a pesquisar sobre o tema.
A chave está na preparação e na intenção.
Se o CEO for preparado com boas perguntas, tiver uma história relevante e a edição for feita de maneira envolvente, você transforma um simples depoimento em uma poderosa ferramenta de marketing. Melhor ainda: consegue maximizar o material gerado, distribuindo conteúdo em múltiplos canais ao longo do tempo.
Mas atenção: usar o CEO por status ou tradição, sem reflexão estratégica, é receita certa para vídeos ineficazes.
Portanto, antes de decidir colocar o rosto do seu líder máximo em um vídeo, pergunte-se:
- Qual é o objetivo exato desse vídeo?
- Que história estamos tentando contar?
- O que o público precisa sentir depois de assistir?
- De que forma o CEO pode contribuir para essa história?
Se você conseguir responder a essas perguntas de forma consistente, então, sim, usar o CEO pode ser uma excelente estratégia. Caso contrário, talvez seja melhor procurar as histórias mais fortes dentro do seu time e dar voz a quem realmente conecta.
No final das contas, não é sobre quem fala. É sobre o que é dito e como é sentido.